Dando continuidade às atividades da 8ª edição do Festival Internacional de Graffiti – Recifusion, a Torre Malakoff, equipamento cultural gerido pela Secult-PE/Fundarpe, sedia nesta sexta-feira (18), a partir das 16h, a mesa-redonda Rua, Lama e Tinta: desdobramentos do Movimento Manguebeat. Com as presenças dos artistas H.D Mabuse, Silvio Ribeiro (Omega) e Paula Lira, e mediação da historiadora Rebecca França, o evento visa estimular reflexões a respeito do Manguebeat, sua origem, sua relação com o hip hop, hibridismo cultural, diversão e “brodagem” que há entre seus seguidores.
“O Manguebeat influenciou diretamente a cena do hip hop pernambucano, e a busca por elementos de nossas raízes agrega nossa identidade urbana. O graffiti é um agente multiplicador desses elementos, e, nessa mesa redonda, pretendemos trocar uma ideia com o público e os artistas convidados sobre as experiências, as estéticas e as características vindas das margens do mangue”, disse Johny Cavalcanti, idealizador e organizador do Recifusion. Tanto o acesso à mesa-redonda quanto à exposição Do Caos à Lata, que segue em cartaz na Torre Malakoff até o dia 27/3, é gratuito.
Integrantes da mesa
H.D. Mabuse
Desde 1990 trabalha em projetos numa bordagem sobre comportamentos emergentes e remix de linguagens em design, artes visuais e música. H.D Mabuse é consultor em design do Instituto de Inovação em Tecnologias da Informação e Comunicação C.E.S.A.R, onde desenvolve serviços e produtos com foco nas pessoas. Conhecido como o “cérebro eletrônico do Manguebeat.” Foi um dos fundadores do Re:combo, onde atuou de 2001 até 2008, período no qual teve projetos com o coletivo selecionados para exposições no Instituto Cultural Itaú, MAMAM, Walker Art Center e Centro Cultural Banco do Brasil. É membro do coletivo Autom.ato, onde desenvolve pesquisas na interação artista-público mediado por novas tecnologias.
Paula Lira
Nasceu e cresceu no Recife. Com o coração na transformação da sua cidade em Manguetown, a artista, antropóloga e psicologa alimentou essa efervescência produzindo a primeira pesquisa de mestrado sobre o Manguebeat. Unindo imagens artísticas à presença consciente, Paula Lira contribuiu nas últimas duas décadas para que centenas de pessoas encontrassem seu potencial de criação. Autora do livro “A grande serpente” nos conta, com belas imagens e texto leve, os caminhos e histórias de criação do movimento Manguebeat.
Sílvio Ribeiro
Graffiteiro pernambucano, conhecido como Omega, é também arte-educador formado em Licenciatura Artes Plásticas pela UFPE. Idealizou e executou no SESC de Casa Amarela o projeto Expresso Rua. Omega vem construindo uma trajetória de participação em ações artísticas como: 4º e 5º Salão Universitário de Arte Contemporânea (UNICO), exposição Territórios Reflexivos do Cangaço, Mês da Desobediência Negra, participação no Pimp My Carroça e edições anteriores do Recifusion. Desde então, vem estudando variadas técnicas, poéticas e conceitos presentes no universo artístico, principalmente com referência nas Expressões de Rua, Arte mural e manifestações da Cultura Popular, a exemplo do Mangueat. É um dos fundadores do Coletivo Bagaço, que tem como base a expressão, cultura e resistência popular.
Serviço
Mesa-redonda Rua, Lama e Tinta: os desdobramentos do movimento Manguebeat.
Quando: 18/3 (sexta-feira), às 16h
Onde: No anfiteatro da Torre Malakoff (Praça do Arsenal, S/N, Bairro do Recife – Recife/PE)
Acesso gratuito